sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Família Van Pels (Van Daan)

Hermann Van Pels


Hermann van Pels foi um homem que trabalhou com Otto Frank (pai da Anne Frank), trabalhava com amor em seu coração! Antes de Otto Frank morrer disse que se lembrava do homem como "um homem alto e encorpado, um tipo de pessoa muito agradável que se adaptou facilmente à rotina da empresa", todo seu conhecimento foi adquirido não através de faculdade ou de trabalho em outras empresas, e sim sendo açougueiro (trabalho de seu pai Aron van Pels, que era holandês) O mesmo nasceu em 31 de março de 1898. Ele tornou-se representante da empresa do seu pai em Osnabrück, Alemanha. Em 1933, os nazistas começaram a fazer boicotes contra as empresas judias em toda a Alemanha. Em Osnabruck o boicote foi enorme e desastroso por causa de um nazista, que era fotógrafo e pendurava em sua vitrine fotos de não-judeus que compraram de judeus.
De acordo com o diário de Anne Frank (9 de agosto de 1943): 
“Geralmente participa da conversa, nunca deixa de dar opinião. Assim que fala, sua palavra passa a ser definitiva. Se alguém ousar sugerir outra coisa o Sr. van D. pode aprontar uma briga. Ah, ele consegue sibilar como um gato... mas eu preferiria que não fizesse isso. Depois de ter visto uma vez, você não quer ver mais. A opinião dele é a melhor, ele sabe o máximo sobre tudo. Convenhamos que ele tem uma boa cabeça sobre os ombros, mas é uma cabeça inchada demais.”
Segundo Otto Frank ele morreu na câmara de gás de Auschwitz.

Auguste Van Pels

Auguste nasceu a 29 de setembro de 1900 em Buer, perto de Osnabrück, Alemanha. A Sra. Van Pels é a cozinheira da casa. Ela gosta de falar sobre política o que, certamente, acaba por gerar discussões com o seu marido.
Quando começou a morar com Anne, Senhora Van Pels causava vários conflitos tanto com Anne, quanto com sua família, sempre botando culpa nela.
Em seu diário Anne Frank foi muito crítica sobre Auguste van Pels:
“Alguns dias, especialmente quando está para ficar mal-humorada, seu rosto é difícil de ser decifrado. Se você analisar as discussões, vai perceber que ela não é o tema, e sim a culpada! Fato que todo mundo prefere ignorar. Mesmo assim, você poderia chamá-la de atiçadora. Criar problemas é exatamente o que a Sra. van Daan acha divertido. Criar problemas entre a Sra. Frank e Anne. Com Margot e o Sr. Frank não é tão fácil.”
Extraído de “O diário de Anne Frank” 9 de agosto de 1943
Senhora van Pels e mandada para o campo de concentração de Bergen- Belsen na Alemanha, depois para Buchenwald, e depois para Theresienstadt, mas não sabemos de sua morte


Peter Van Pels

Peter nasceu a 8 de novembro de 1926 em Osnabrück, perto da fronteira com a Holanda. Ele não tinha irmãos. No diário ele é conhecido com o pseudônimo “Peter Van Daan”, no começo não tinha muita intimidade com Anne, mas mesmo assim, no meio do livro o sentimento entre eles começa a aflorar, e até ocorre o primeiro beijo de Anne.



Ele morre de exaustão na “Marcha da Morte”, que começou em 16 de Janeiro de 1945, de Auschwitz até Mauthausen (Áustria), onde morreu em 5 de Maio de 1945, três dias antes do campo ser liberado. 

Relação entre Anne e sua mãe

O senhor Otto Frank (pai da Anne e marido da Edith) relembra em suas memória:

"Claro que eu me preocupava com o fato de não haver uma boa relação entre a minha mulher e Anne e acredito que minha esposa sofreu mais com isso do que Anne. Na realidade, ela era uma excelente mãe, que sempre fez tudo por seus filhos. Muitas vezes se queixou de que Anne estava contra tudo o que ela fazia, mas saber que Anne confiava em mim a consolava."
Traduzindo o que ele falou ele se preocupava com a relação entre Anne e a mãe dela, mas ele não tinha o que fazer, as vezes até conversava com sua filha para tentar mudar isso, mas isso não funcionou.
Ele acreditava que ela era uma excelente mãe, que fazia o que fosse possível e o que não fosse por seus filhos... mas a menina não via isso...
A mesma falava para o pai tudo que a mãe fazia para tentar magoa-la, mas o pai não percebeu isso então não fez nada a respeito... Mas só da mãe saber que ela tinha uma boa relação com seu pai já a fazia feliz.

[...]

No dia 7 de novembro de 1942 no diário de Anne Frank ela consta:

"Margot estava lendo um livro com figuras lindas. A certa altura, levantou-se e subiu. Como eu não estava fazendo nada, peguei o livro e comecei a ver as figuras. Ao voltar, Margot viu em minhas mãos o seu livro. Franziu a testa, aborrecida, e quis o livro de volta. Só porque eu quis ficar vendo mais um pouquinho, Margot foi ficando cada vez mais zangada. Foi aí que mamãe entrou na história.
— Devolva o livro. Margot é que estava lendo.
Papai chegou e, sem saber de que se tratava, só de ver aquele ar infeliz na cara de Margot, desabou sobre mim:
— Queria saber como você reagiria se Margot fosse mexer em um de seus livros!"

Ela diz que se sentiu infeliz, não aborrecida, porque de acordo com a mesma ela só queria ver as figuras que Margot tanto adorava e acabou recebendo uma bronca da mãe, consequentemente só pela mãe estar brava o pai também já se aborreceu.
O que basicamente ela quis dizer foi que se a mãe dela não aparecesse, ela resolveria a situação e não brigaria com o pai.



Continuando com a mesma data no diário da Anne:



"A maneira como me tratam é variadíssima. Um dia Anne é tão sensata que permitem que saiba de tudo; no dia seguinte, ouço dizer que Anne não passa de uma cabritinha estouvada que não sabe nada e pensa que aprendeu maravilhas nos livros. Não sou mais nenhum bebê ou criancinha mimada, para que riam do que eu digo ou penso. Tenho meus próprios pontos de vista, planos, e ideias, embora ainda não consiga expressá-los em palavras. Oh, quanta coisa ferve dentro de mim, enquanto fico deitada na cama, tendo de aturar gente que não suporto e que sempre interpreta mal minhas intenções."

Ela odeia que as pessoas a tratem como um bebê além de que odeia o fato de ter que aturar gente que não suporta e que sempre que ela da suas opiniões essas pessoas riem da mesma e a entendem errado. Ela já se sente uma adolescente e não quer ser mais tratada como bebê.

Outro fato de não ter bons relacionamentos com a mãe é que ela é injusta ao avaliar uma situação, o que sempre deixa Anne furiosa e infeliz!!!

Relação entre Anne e Peter

No começo da relação não amorosa de Peter e Anne, ela achava-o bastante tímido, gentil, enfadonho, sem graça alguma, aborrecido e mandrião (preguiçoso), e ela deixou isso bem claro no diário. 

“14 de agosto de 1942.
[...]
Peter van Daan chegou as nove e meia da manhã (enquanto ainda estávamos tomando café). Peter vai fazer dezesseis anos, é um garoto tímido e desajeitado cuja companhia não vai contar muito. O Sr. e a Sra. van Daan chegaram meia hora depois.”

Quando a paixão começou a aumentar, em 1944, Anne deu seu primeiro beijo com ele. Ela cita isso em uma das páginas do diário:
-Texto copiado do diário de Anne Frank com modificações-

"16 de Abril de 1944
Querida Kitty:
Peço que nunca esqueça do dia de ontem, por ser um dia muito importante na minha vida. Ou não é importante para uma menina receber o seu primeiro beijo? E eu não sou diferente das outras. O beijo que o Bram me deu uma vez na face direita não conta, e o beijo na mão de Mr. Walker também não. Agora vais ouvir como recebi meu primeiro beijo:
- Ontem, às oito horas, estávamos Peter e eu, no quarto dele, sentados no sofá.- Se pudesse chegar mais um pouco para lá, - disse-lhe, - eu não dava com a cabeça contra a estante.
Ele recuou quase até ao cantinho. Passei-lhe o braço à volta da cintura e ele abraçou-me. Já tínhamos estado assim muitas vezes, mas talvez não tão próximos um do outro. Ele não descansou enquanto não deitei a cabeça no seu ombro e depois inclinou a cabeça sobre a minha. Quando, passados cinco minutos, me ia endireitar, tomou-me a cabeça entre as mãos e apertou-me, de novo, contra ele. Oh! Foi maravilhoso, eu não consegui falar, só pude viver o momento. Um pouco desajeitado, acariciou-me a cara e o braço, brincou com os meus cabelos e assim permanecemos com as cabeças muito juntas.
Não posso descrever-te a minha emoção. Eu estava tão feliz e creio que o Peter também. Às oito e meia nos levantamos e ele calçou as sandálias de ginástica para fazer a ronda pela casa com menos ruído possível. Eu estava ao seu lado. Não sei dizer exatamente como aquilo aconteceu, mas ao descermos, ele beijou-me o cabelo, muito junto da orelha esquerda.
Corri para baixo sem me virar e… e só queria que já fosse mais logo, à noite.



Sua Anne" 

Quem é Anne Frank?

Anne Frank é uma menina judia que, durante a Segunda Guerra Mundial, teve que se esconder para se escapar dos nazis. Juntamente com mais sete outras pessoas, ela esconde-se no Anexo Secreto, localizado no canal Prinsengracht, nº 263, em Amsterdão. Depois de pouco mais de 2 anos escondidos, eles são descobertos e enviados para campos de concentração. O pai de Anne, Otto Frank, é o único das oito pessoas que sobrevive. Depois da sua morte, Anne torna-se famosa no mundo inteiro por causa do diário que escreveu quando ainda estava escondida.
Anne nasceu em 12 de junho de 1929, na cidade alemã de Frankfurt am Main, lugar onde a família do seu pai já vivia por várias gerações. A irmã de Anne, Margot, é três anos e meio mais velha que ela. A crise econômica, a ascensão de Hitler ao poder e o crescimento do antissemitismo põem fim à vida tranquila da família. Otto Frank e a sua mulher Edith decidem, como vários outros judeus, deixar a Alemanha.

Otto consegue estabelecer um negócio em Amsterdã, Holanda e a família encontra uma casa em Merwedeplein. As filhas vão para a escola, Otto trabalha muito no seu negócio e Edith cuida da casa. À medida que a ameaça de guerra cresce na Europa, Otto e a sua família tentam emigrar para a Inglaterra e Estados Unidos porém, estas  tentativas falham. A 1 de setembro de 1939, a Alemanha invade a Polônia. Começa a Segunda Guerra Mundial.

Em 10 de maio de 1940, as tropas alemãs invadem a Holanda. Cinco dias depois a Holanda rende-se. Com o país ocupado, rapidamente são aplicadas leis contra os judeus. Tais leis impõem, cada vez mais, restrições que afetam tanto a vida pessoal de Otto e sua família, como o seu negócio. Otto tenta emigrar com sua família para os EUA mas não consegue. Fica cada vez mais claro que a família terá que se esconder. É preparado então o  esconderijo, no prédio onde fica a empresa de Otto.

Em 5 de julho de 1942, Margot Frank recebe uma convocação para se apresentar para o campo de trabalho forçado na Alemanha. Logo no dia seguinte, a família Frank vai para o esconderijo. A família Van Pels vai para lá uma semana depois e em novembro de 1942 chega uma oitava pessoa ao esconderijo, o dentista Fritz Pfeffer. Eles ficam a morar no Anexo Secreto durante dois anos.
As pessoas no esconderijo têm que se manter em silêncio, frequentemente sentem medo e, bem ou mal, passam o tempo uns com os outros. Eles são ajudados pelos funcionários do escritório - Johannes KleimanVictor KuglerMiep Gies e Bep Voskuijl - além do marido de Miep Gies, Jan Gies, e do gerente do armazém Johannes Voskuijl, o pai de Bep. Esses ajudantes tratam não somente de trazer alimentos, roupas e livros; eles também significam o contato com o mundo exterior para as pessoas no esconderijo.
Na manhã de 04 de agosto de 1944 o esconderijo foi invadido pela Polícia de Segurança, e as oito pessoas foram levadas para uma prisão em Amsterdã, depois foram transferidos para Westerbork, um campo de triagem. Em 03 de setembro foram deportados e chegaram em Auschwitz (Polônia). Anne e sua irmã foram levadas para Bergen-Belsen, campo de concentração perto de Hannover (Alemanha). A epidemia de tipo assolou o local no inverno, matando milhares de prisioneiros.

Anne Frank morreu de tifo, em Bergen-Belsen, Alemanha, em 12 de março de 1945, com apenas 15 anos. Seu pai foi libertado pelas tropas russas. Os escritos de Anne foram publicados por ele em 1947 com o título “O Diário de Anne Frank”. O livro foi traduzido em mais de 30 idiomas. O local do esconderijo de Anne Frank, em Amsterdã, é hoje um museu.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Relação entre Anne e Peter

No começo da relação não amorosa de Peter e Anne, ela achava-o bastante tímido, gentil, enfadonho, sem graça alguma, aborrecido e mandrião (preguiçoso), e ela fez questão de deixar isso bem claro no diário.                 

Quando a paixão começou a se alastrar, em 1944, Anne deu seu primeiro beijo com ele. Ela cita isso em uma das páginas do diário:
-Texto copiado do diário de Anne Frank com modificações-

"16 de Abril de 1944
Querida Kitty:
Peço que nunca esqueça do dia de ontem, por ser um dia muito importante na minha vida. Ou não é importante para uma menina receber o seu primeiro beijo? E eu não sou diferente das outras. O beijo que o Bram me deu uma vez na face direita não conta, e o beijo na mão de Mr. Walker também não. Agora vais ouvir como recebi meu primeiro beijo:
- Ontem, às oito horas, estávamos Peter e eu, no quarto dele, sentados no sofá.- Se pudesse chegar mais um pouco para lá, - disse-lhe, - eu não dava com a cabeça contra a estante.
Ele recuou quase até ao cantinho. Passei-lhe o braço à volta da cintura e ele abraçou-me. Já tínhamos estado assim muitas vezes, mas talvez não tão próximos um do outro. Ele não descansou enquanto não deitei a cabeça no seu ombro e depois inclinou a cabeça sobre a minha. Quando, passados cinco minutos, me ia endireitar, tomou-me a cabeça entre as mãos e apertou-me, de novo, contra ele. Oh! Foi maravilhoso, eu não consegui falar, só pude viver o momento. Um pouco desajeitado, acariciou-me a cara e o braço, brincou com os meus cabelos e assim permanecemos com as cabeças muito juntas.
Não posso descrever-te a minha emoção. Eu estava tão feliz e creio que o Peter também. Às oito e meia nos levantamos e ele calçou as sandálias de ginástica para fazer a ronda pela casa com menos ruído possível. Eu estava ao seu lado. Não sei dizer exatamente como aquilo aconteceu, mas ao descermos, ele beijou-me o cabelo, muito junto da orelha esquerda.
Corri para baixo sem me virar e… e só queria que já fosse mais logo, à noite.

 Sua Anne"
E um dia depois fica pensando se seus pais aprovariam seu namoro com Peter:


“Você acha que papai e mamãe aprovariam uma garota da minha idade sentada num divã e beijando um rapaz de dezessete anos e meio? Duvido que aprovassem, mas tenho de confiar em meu próprio julgamento nessa questão. É tão pacífico e seguro ficar em seus braços e sonhar, é tão emocionante sentir seu rosto encostado no meu, é tão maravilhoso saber que há alguém esperando por mim!”
Diário de Anne Frank, 17 de abril de 1944.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Nanette Blitz Konig


Nanette Blitz Konig nasceu em 6 de abril de 1929, em Amsterdã, Holanda, filha de Martijn Willem Blitz e Helene Victoria Davids. Ela tinha um irmão mais velho chamado Bernard Martijn nascido em 1927. Também teve um irmão mais novo, Willem, nascido em 1932 e que faleceu em 1936.  Sua família era de origem judia e seu pai trabalhava no Banco de Amsterdã. A partir de 1940, quando os soldados alemães chegaram a seu país. Foram cerca de três anos de apreensão até uma manhã de setembro de 1943, quando as batidas na porta anunciaram que chegara a vez deles. Eles sabiam que seriam levados a algum campo - se de extermínio ou de trabalho forçado não tinham ideia. E aí começa o fim da história dessa família (pai, mãe, uma menina de 14 anos, um menino de 16) de origem judaica, mas não muito religiosa, que seria exterminada, como tantas outras, pelo capricho de Hitler. No início de outubro de 1941, os alunos judeus tinham que frequentar escolas separadas e é nessa ocasião que Nanette torna-se colega de classe de Anne Frank, no Liceu Judaico.
Nanette não sabe como, mas aguentou firme até o final. Quando os ingleses libertaram Bergen-Belsen, ela pesava 31 quilos.
Mas nada disso importou no reencontro em Bergen-Belsen. Anne, cheia de piolhos, nua e enrolada num cobertor, um esqueleto a poucas semanas de sua morte, deu um abraço emocionado na amiga. Elas conversaram, deram apoio uma à outra. Nanette não se lembra bem se o encontro anterior das duas tinha sido na festinha de 13 anos de Anne, quando ela ganhou o diário do pai e um broche dela, ou se foi na escola. E por ter sido uma das últimas a estar com a garota no campo, e por lembrar vividamente desses encontros, contados agora em seu livro de memória, ela virou personagem de “Lá Fora, A Guerra: O Mundo de Anne Frank
Em 2015 escreveu “Eu Sobrevivi ao Holocausto” , o livro tem um intertítulo mais comercial: “O Comovente Relato de Uma das Últimas Amigas Vivas de Anne Frank”. Não que elas fossem de fato próximas enquanto estudavam no Liceu Judaico. No dia 15 de junho de 1942, nas primeiras páginas do diário que ficaria famoso depois da guerra, Anne escreve sobre Nanette, que fala muito e não é engraçada. Vive mexendo no cabelo da gente ou tocando em nossos botões quando pergunta alguma coisa.
DizemParte inferior do formulário em detalhes o caminho percorrido pela família de Nanette e seu fim trágico. O pai trocou a rara comida por cigarro e morreu de enfarte. O irmão, ela acredita, foi fuzilado. A mãe morreu num trem (que já a levaria para a morte). Ela viu os dois partindo e não pode dar o último abraço. “Eles tinham de entrar rapidinho no trem e não tinha isso de despedida”, conta. Só soube da morte deles por volta de agosto de 1945, quando já estava internada para se recuperar - foram três anos de tratamento (no fim da guerra teve tifo, tuberculose e pleurisia). 


Tem desenvolvido, desde 1999, um trabalho de divulgação pela memória das vítimas do Holocausto, participando em conferências para contar a sua história e a dos judeus na Segunda Guerra Mundial.

Nanette Blitz Konig nasceu na Holanda e é uma sobrevivente do Holocausto. Vive no Brasil, em São Paulo, desde o final da década de 1950. Foi aí que recomeçou a sua vida e reconstruiu uma família com o marido e os filhos, sem nunca esquecer os pais, que perderam a vida no campo de concentração de Bergen-Belsen, e de quem não se pôde despedir.
Confira uma reportagem feita pelo "Estadão", sobre essa grande mulher guerreira:
https://youtu.be/VwwmhVFbzA8

A estrutura do Anexo Secreto

Chamado de “anexo secreto”, o refúgio da alemã Anne Frank ficava nos fundos do prédio da empresa do pai da garota, em Amsterdã, na Holanda. Foi lá que sua família e outras quatro pessoas, todos judeus, viveram clandestinamente, numa tentativa de se esconder dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. E foi de lá também que Anne registrou, em seu diário, o angustiante dia-a-dia das pessoas que viviam no local. Quatro funcionários de Otto ajudaram eles a se esconderem no anexo. Todos os dias os escondidos temem ser descobertos. E, além disso, não é nada fácil para estas oito pessoas viverem juntas em um local apertado.

 As narrativas do diário terminam três dias antes de o lugar ser descoberto. Em 4 de agosto de 1944, os moradores do esconderijo foram levados para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Anne – então com 15 anos – e sua irmã Margot morreram de tifo no campo de Bergen-Belsen, na Alemanha, em 1945. Apenas o pai, Otto Frank, sobreviveu – foi ele o responsável pela publicação do diário da filha, que vendeu mais de 30 milhões de exemplares no mundo até hoje, fazendo de Anne um ícone do genocídio sofrido pelos judeus.  


Confira aqui o interior do anexo secreto:
http://www.annefrank.org/en/Subsites/Home/

Fritz Pfeffer

Fritz nasceu em 30 de abril de 1889 em Giessen, Alemanha. Os seus pais eram judeus e tinham uma loja de roupas no centro da cidade. A família de Fritz era religiosa e ele continuou com esse hábito. Após o ensino secundário, Fritz vai estudar odontologia em Berlim, onde começa a trabalhar como dentista logo após a faculdade. 
Em 1926 casa-se com Vera Bythiner, e com ela tem um filho: Werner, nascido em 3 de abril de 1927, Seu casamento termina em divórcio, e Fritz fica com a guarda do filho.


Após o termino do primeiro casamento Fritz encontra Charlotte Kaletta.De acordo com as Leis de Nuremberg em 1935 é proibido o casamento entre judeus e não-judeus, o que faz com que o casamento deles seja impossivel. Depois da "Kristallnacht" - a Noite dos Cristais - Fritz Pfeffer e Charlotte Kaletta decidem emigrar para a Holanda, mas, eles continuam sem permissão de se casar. Na realidade, eles gostariam de ir para a América do Sul, mas não conseguem sair da Holanda. Mandam Werner para a Inglaterra.

Ele é dentista de uma amiga do anexo( Miep Gies), e se esconde nele, passando a dividir um quarto com Anne.

No começo ela o considerava agradável, mas com o tempo, não podia atura-lo. No livro, Anne o chama de Albert Dussel( Dussel em alemão significa, "tonto" ou "pateta". Em outubro de 1944 Fritz Pfeffer tem que deixar Auschwitz. Os nazistas mandam-no para Neuengamme, um campo de concentração próximo a Hamburgo ao norte da Alemanha. Os prisioneiros fazem trabalhos pesados lá e recebem muito pouca comida. Fritz fica doente e morreu em 20 de dezembro de 1944. Ele tinha 55 anos.