sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Nanette Blitz Konig


Nanette Blitz Konig nasceu em 6 de abril de 1929, em Amsterdã, Holanda, filha de Martijn Willem Blitz e Helene Victoria Davids. Ela tinha um irmão mais velho chamado Bernard Martijn nascido em 1927. Também teve um irmão mais novo, Willem, nascido em 1932 e que faleceu em 1936.  Sua família era de origem judia e seu pai trabalhava no Banco de Amsterdã. A partir de 1940, quando os soldados alemães chegaram a seu país. Foram cerca de três anos de apreensão até uma manhã de setembro de 1943, quando as batidas na porta anunciaram que chegara a vez deles. Eles sabiam que seriam levados a algum campo - se de extermínio ou de trabalho forçado não tinham ideia. E aí começa o fim da história dessa família (pai, mãe, uma menina de 14 anos, um menino de 16) de origem judaica, mas não muito religiosa, que seria exterminada, como tantas outras, pelo capricho de Hitler. No início de outubro de 1941, os alunos judeus tinham que frequentar escolas separadas e é nessa ocasião que Nanette torna-se colega de classe de Anne Frank, no Liceu Judaico.
Nanette não sabe como, mas aguentou firme até o final. Quando os ingleses libertaram Bergen-Belsen, ela pesava 31 quilos.
Mas nada disso importou no reencontro em Bergen-Belsen. Anne, cheia de piolhos, nua e enrolada num cobertor, um esqueleto a poucas semanas de sua morte, deu um abraço emocionado na amiga. Elas conversaram, deram apoio uma à outra. Nanette não se lembra bem se o encontro anterior das duas tinha sido na festinha de 13 anos de Anne, quando ela ganhou o diário do pai e um broche dela, ou se foi na escola. E por ter sido uma das últimas a estar com a garota no campo, e por lembrar vividamente desses encontros, contados agora em seu livro de memória, ela virou personagem de “Lá Fora, A Guerra: O Mundo de Anne Frank
Em 2015 escreveu “Eu Sobrevivi ao Holocausto” , o livro tem um intertítulo mais comercial: “O Comovente Relato de Uma das Últimas Amigas Vivas de Anne Frank”. Não que elas fossem de fato próximas enquanto estudavam no Liceu Judaico. No dia 15 de junho de 1942, nas primeiras páginas do diário que ficaria famoso depois da guerra, Anne escreve sobre Nanette, que fala muito e não é engraçada. Vive mexendo no cabelo da gente ou tocando em nossos botões quando pergunta alguma coisa.
DizemParte inferior do formulário em detalhes o caminho percorrido pela família de Nanette e seu fim trágico. O pai trocou a rara comida por cigarro e morreu de enfarte. O irmão, ela acredita, foi fuzilado. A mãe morreu num trem (que já a levaria para a morte). Ela viu os dois partindo e não pode dar o último abraço. “Eles tinham de entrar rapidinho no trem e não tinha isso de despedida”, conta. Só soube da morte deles por volta de agosto de 1945, quando já estava internada para se recuperar - foram três anos de tratamento (no fim da guerra teve tifo, tuberculose e pleurisia). 


Tem desenvolvido, desde 1999, um trabalho de divulgação pela memória das vítimas do Holocausto, participando em conferências para contar a sua história e a dos judeus na Segunda Guerra Mundial.

Nanette Blitz Konig nasceu na Holanda e é uma sobrevivente do Holocausto. Vive no Brasil, em São Paulo, desde o final da década de 1950. Foi aí que recomeçou a sua vida e reconstruiu uma família com o marido e os filhos, sem nunca esquecer os pais, que perderam a vida no campo de concentração de Bergen-Belsen, e de quem não se pôde despedir.
Confira uma reportagem feita pelo "Estadão", sobre essa grande mulher guerreira:
https://youtu.be/VwwmhVFbzA8

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